INÍCIO / PROGRAMA / AMERICANTIGA ENSEMBLE

AMERICANTIGA ENSEMBLE

21 OUTUBRO
21h / IGREJA DE SÃO ROQUE

seta scroll para conteúdo seguinte
SCROLL
DOWN

D. Pedro e a Música no “Grito do Ipiranga”

Viagem inédita à música e estética de 1822 e ao impacto da Proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro. Estreia de obras de André da Silva Gomes e João de Deus de Castro Lobo.

FOLHA DE SALA | PDF 595KB

ELEMENTOS

Ricardo Bernardes | Direção

ORQUESTRA
Laura Vadjon
Álvaro Pinto
Raquel Cravino
Agnes Sarosi
Matheus Prust
Paul Wakabayashi
Ana Raquel PInheiro
Pedro Massarrão
Duncan Fox
Catarina Passos
Luís Marques
Laurent Rossi
Tracy Nabais
Hugo Santos
Daniel Louro
André Castro
Sérgio Silva

CORO
Mariana Castello-Branco

Ana Sofia Ventura
Rosana Orsini
Catarina Rodrigues
Arthur Filemon
João Rodrigues
João David Almeida
Hugo Oliveira
Calebe Barros

Ricardo Correia | Autor dos textos
José Luís Ferreira | Declamador

PROGRAMA

Missa a cinco vozes e orquestra *
André Silva Gomes (1752 – 1844)

Te Deum laudamus a quatro vozes e orquestra *
João de Deus de Castro Lobo (1794 – 1832)


* Estreia

NOTAS DE PROGRAMA

A 7 de Setembro de 1822 o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é sacudido pela notícia da Proclamação da Independência do Brasil pelo Príncipe D. Pedro de Bragança. Muitas e imediatas foram as reações à medida que essa notícia chegou a todos os cantos do reino. Como teriam sido as comemorações apressadas, as festas, as odes declamadas, os teatros encenados e a música executada? Ainda que a Declaração de Independência do Brasil tenha sido assinada alguns dias depois, na corte do Rio de Janeiro, pela Princesa Leopoldina de Habsburgo, vale lembrar que o célebre “Grito do Ipiranga” teve lugar em São Paulo, às margens do riacho de mesmo nome, e a celebração de tão importante acontecimento teve de ser realizada sem muita preparação. Na própria vila de São Paulo, foi André da Silva Gomes (1752-1844), compositor natural de Lisboa e mestre de capela da Sé desde 1774, o responsável por preparar a música para receber o Príncipe D. Pedro na Sé após tão importante ato. Ainda que não saibamos quais as obras interpretadas nas celebrações, é possível deduzir que teriam sido a reposição ou o reaproveitamento de algumas obras anteriores, como por exemplo, a sua Missa a 5 vozes, já que não houve tempo para compor ou preparar uma obra específica para a ocasião. Do mesmo modo, quando a notícia chegou à importante Vila Rica, nas Minas Gerais (atual Ouro Preto), o compositor João de Deus de Castro Lobo (1794-1832), certamente o principal compositor então atuante naquela localidade, teve de reagir rapidamente. Que obra mais adequada que o mesmo Te Deum alegadamente composto para uma visita do Príncipe D. Pedro à Vila Rica em 1817? Não seria essa uma homenagem adequada, ainda que feita às pressas? Tendo essas celebrações imaginárias como premissa, propomos um programa com obras que muito bem poderiam ter sido executadas nas celebrações da Independência do Brasil em duas das vilas mais importantes do recém-independente país, que ia muito além da corte no Rio de Janeiro. Se houvessem obras remanescentes das comemorações da independência em arquivos na Bahia, no Recife, no Pará, certamente fariam parte deste programa, mas só podemos trabalhar com as obras que o tempo e os homens pouparam. Propomos então, ao público da Lisboa de 2022, uma viagem musical e estética no tempo aos idos de 1822, com obras que certamente poderiam ter figurado nessas cerimónias. Ao modo, como dizem os italianos, “se non è vero, è ben trovato” (se não é verdade, é bem provável).

O programa foi preparado com exclusividade para a Temporada Música de São Roque.

DADOS BIOGRÁFICOS

Fundado em 1995 por Ricardo Bernardes, é um conjunto especializado em música portuguesa, brasileira, hispano-americana e italiana dos séculos XVII a princípios do XIX. Com diferentes formações e enfoques interpretativos, procura a execução historicamente informada com o uso de instrumentos de época. Nos últimos anos, tem realizado concertos em Portugal, EUA, Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia. Muitos desses concertos foram organizados por embaixadas e consulados brasileiros, como o Consulado Geral de Portugal em São Paulo, com o objetivo de difundir esta importante e pouco conhecida produção musical. Já conta com seis CDs e um DVD, todos dedicados ao repertório português e brasileiro do século XVIII. Em Portugal, em 2011, realizou o concerto na Basílica da Estrela para celebrar os 15 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O agrupamento conta com várias participações nas Temporadas de Música em São Roque, em Lisboa, além de vários concertos nos Encontros Internacionais de Música da Casa de Mateus, Trotamundos – Viagens Musicais e Literárias, e festivais em Espanha, Itália e Croácia.

FOTOGRAFIAS
Americantiga Ensemble na 34ªTMSR
VER MAIS FOTOGRAFIAS