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CONCERTO CAMPESTRE

28 OUTUBRO
21h / IGREJA DE SÃO ROQUE

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“Oh que admirable obra”

Estreia moderna de vilancicos de João Pedro de Almeida Mota, em contraponto com obras religiosas de Pedro Avondano, Ambrosio Molinero e J. S. Bach.

FOLHA DE SALA | PDF 2MB

ELEMENTOS

Pedro Castro | Direção

ORQUESTRA
César Nogueira | Violino
Nuno Mendes | Violino
Sofia Diniz | Viola da gamba
Marta Vicente | Violone
Flávia Almeida Castro | Cravo e órgão
David Garrido | Oboé barroco
Paulo Guerreiro | Trompa natural
Luís Vieira | Trompa natural

CORO
Raquel Mendes
| Soprano
Lucía Caihuela | Mezzo-soprano
Fernando Guimarães | Tenor
Hugo Oliveira | Barítono

PROGRAMA

Oh! Que admirable obra
          Vilancico al santissimo *
João Pedro Almeida Mota (1744 – 1817)

Ay ayre suspiros
          Vilancico al santissimo *
João Pedro Almeida Mota (1744 – 1817)

Ay Dulze Dueño
          Villancico al Stmo *
João Pedro Almeida Mota (1744 – 1817)

Missa em Fá BWV 233
          Kyrie – Gloria – Domine Deus – Qui tollis – Quoniam – Cum Sancto Spiritu
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

(pausa)

Magnificat
          Et exultavit – Quia Fecit – Fecit potenciam – Exurientes – Sicut locutus – Gloria
Pedro António Avondano (1714 – 1782)

Pues mientras que el Niño vive
          Tonadilla de Navidad *
João Pedro Almeida Mota (1744 – 1817)

El Alcalde de Belen
          Vilancico al Santíssimo *
João Pedro Almeida Mota (1744 – 1817)

 

* Estreias

NOTAS DE PROGRAMA

Este programa pretende levantar o véu da “admirável obra” que nos deixou o compositor português João Pedro de Almeida Mota, cuja extensa obra é atualmente largamente ignorada quer na sua terra natal, quer em Espanha, onde desenvolveu uma extraordinária carreira. Nascido em 1744, foi com grande probabilidade um dos beneficiários da importante instituição musical criada por D. João V, o seminário da Patriarcal. Certo é que em 1761, com 17 anos, consta como cantor da Capela Real e se inscreve na irmandade de Sta. Cecília, conforme a regra ditada por D. José I, que a tal obriga todos os que exercem a profissão de músico.

As prestigiosas funções de cantor da Capela Real não são suficientes para a ambição e talento de Almeida Mota, que em 1766 já se encontra ao serviço da capela musical da Sé de Braga e pouco depois acumulando também funções de docente no Seminário de São Pedro. De Braga para a Galiza terá sido um pequeno grande salto deste artista lusitano e é na cidade fronteiriça de Tui que se encontram as obras transcritas para este programa. Curiosamente não consta que ele tenha exercido funções nesta cidade, mas sim em Lugo, Mondonhedo e Santiago de Compostela, num período em que o mesmo foi alvo de algumas disputas e polémicas laborais que espelham um período difícil da sua carreira.

O reconhecimento e o apreço pelo enorme talento deste compositor não foi imediato, mas a sua extensa carreira em Espanha a quantidade de partituras que foram copiadas e estão ainda depositadas nos mais diversos arquivos deste nosso país irmão, são a prova viva deste facto. O coroar desta extraordinária carreira terá sido a edição dos seus quartetos de corda.

Neste concerto teremos o privilégio de partilhar em primeira audição moderna alguns dos vilancicos deste compositor depositados no arquivo de Tui. Este género musical era também muito popular e comum nas igrejas portuguesas, mas caiu em desuso no início do séc. XVIII com a mudança de preferência estética para a música italiana. Estes vilancicos da segunda metade do sec. XVIII são cantados e acompanhados por um orgânico instrumental semelhante ao de uma “tonadilla”, um género de ópera em miniatura ou “intermezo” que ganhou uma popularidade extraordinário no país vizinho.

DADOS BIOGRÁFICOS

Com o nome baseado no famoso quadro de Giorgione ou Ticiano, o grupo de música antiga Concerto Campestre pretende materializar musicalmente o refúgio idílico criado por esta corrente estética através da interpretação da música dos séc. XVI a XVIII em instrumentos de época e inspirado na prática historicamente informada.

O grupo está sediado em Lisboa e tem a direção artística de Pedro Castro. A sua constituição é versátil, tendo sido já realizados desde programas com um trio de câmara a produções orquestrais com coro e solistas. Apresentou-se na Festa da Música no CCB, nos Encontros de Música Antiga de Loulé, no átrio do Museu Gulbenkian, na “Festa no Chiado”, nas “Festas de Lisboa” e nos Encontros de Música Antiga de Tomar, no Festival Terras sem Sombra e nos Festivais de Outono em Aveiro, Festival Internacional de Música de Badajoz, Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie, Temporada Música em São Roque e Festival Fora do Lugar. Em colaboração com o Quarteto Arabesco, apresentou a estreia moderna da Serenata “L’Angelica” de João de Sousa Carvalho, com sete récitas por todo o país entre Outubro de 2009 e Junho de 2010, tendo a respetiva gravação sido lançada em 2016 pela Naxos.

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concerto campestre na igreja de são roque
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